Eduardo e Marina em visita à exposição no Crato, em julho. Foto: Aglécio Dias |
De ontem para hoje (14),
já li quase tudo sobre a morte do Eduardo Campos. Li sobre sucessão de
candidatura, sobre pesquisas de intenção de votos e muitas daquelas babaquices sobre
teorias da conspiração e tal, feitas por irracionais de cérebros vazios e que não conseguem formar uma única frase completa racionalmente, mas enfim... para
esses deixo meu sentimento de pena.
Sem dúvidas foi uma fatalalidade
o acidente que vitimou o então presidenciável, pai de família, politico
promissor e homem de pensamento ‘futuristas e modernos’. Foi triste também a
morte de alguns moradores e de outros grandes profissionais que o acompanhavam e
que, com certeza, tinham familiares e amigos, e que deixaram de forma tão
rápida e inesperada.
Com a morte de Eduardo Campos, parece que o Brasil
voltou ficar órfão de uma nova diretriz politica, de novas ideias e uma forma renovada
de se pensar um Brasil melhor e mais justo para todos. E é esse o legado que
ele deixa: a esperança de que podemos fazer de nosso país um lugar melhor onde
podemos criar os nossos filhos.
“Eu quero representar o
seu sonho e o seu desejo de um Brasil melhor”, disse ele, em sua última
entrevista ao Jornal Nacional, no último dia 12, horas antes do trágico acidente
que o vitimou e interrompeu um sonho.
E são esses sonhos que precisam
ser levados a diante, não só pelos políticos – onde, infelizmente, grande parte
ainda representam pensamentos obsoletos e arcaicos, mas também pela sociedade,
que tem o poder de mudar a sua realidade e a de todos a sua volta.
Hoje, escrevendo esse
pequeno texto, olhando o céu azul do Crato - terra da sua tia-avó dona Almina Arraes, de 90 anos, e
onde, á cerca de um mês e pouco, ele esteve para visitar familiares, fico
pensando em quantas famílias e pessoas nesse vasto país, estão sofrendo com a
desigualdade social, com a falta de oportunidades ou estão sendo explorados de
todas as formas, e que tudo poderia mudar se pudéssemos concretizar os ideais
de Campos.
Vai-se o homem, fica seus
pensamentos. E são os pensamentos que, transformados em atitudes, fazem a
história acontecer.
Mas o tempo e história
dirá, se o pensamento de Eduardo Campos foi apenas uma utopia e um sonho bom ou
não.