sábado, 3 de novembro de 2012


A terra também tem sede

O solo desesperadamente clama por água, seu cheiro já não é de terra, nem de vida... é de morte. Nos olhos do criador não se vê esperança, vê-se apenas desolação, medo... dor.

O gado e outros animas já não se seguram em pé, junto ao que um dia foi um poço d’agua e agora não passa de uma mistura gosmenta de lodo e lama, onde os animais agonizam de fome... de sede...

É a seca que chegou, castigando o sertanejo, que sem poder fazer nada reza e pede um pouco de clemencia ao Criador.

Talves a culpa não seja do Criador, talvez seja do próprio homem, que durante décadas vem sugando a vida da terra como um parasita, sem nunca ter oferecido algo em troca, talvez pensando que a dívida jamais seria cobrada.

O criador reclama, mas esquece que o solo, sofrido e explorado exaustivamente por gerações, já não tem muito a oferecer e agonizantemente morre, e leva consigo a vida de dezenas de outras vidas.



Texto e fotos: Aglécio Dias

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Cidade em pânico


As pessoas andam pelas ruas com os rostos cobertos, de óculos escuros, com a cabeça protegida por chapéus ou capacetes de viseiras espelhadas. Parar nas esquinas, nem pensar. Ficar de bobeira nas ruas durante o dia ou noite, é uma aventura para poucos.
O motivo de tanto medo são os paparazzis, que se espalharam pelas ruas daquela pequena cidade do interior cearense, e tem levado pânico aos pouco mais de 8 mil habitantes locais.
São homens e mulheres munidos de máquinas fotográficas e filmadoras. Se escondendo atrás de carros, camuflando entre as plantas das praças ou se protegendo por detrás dos escuros vidros dos carros ou dos grossos muros de residências, eles estão à procura de segredos. Segredos que poucos sabem quais são, mas que em breve serão revelados.
Funcionários públicos e empresários locais são os que mais temem. Basta alguém parar em frente a um departamento públicou comércio com um simples celular na mão que a agitação dentros dos estabelecimentos é geral. Dedos trêmulos apertam números nos telefones e vozes nervosas falam assustadas com pessoas do outro lado. É o caos.
Nas últimas duas semanas aquela tem sido a rotina daquela pequena cidade pacata, cujo nome, a muito foi esquecido.Mas que após segredos serem revelados, será o centro das tenções em todo Mundo.

Aglécio Dias

Obs. Está história é uma ficção. Qualquer semelhança com personagens reais é uma mera coincidência.