sexta-feira, 29 de agosto de 2008

PCC usou lobby para influenciar Congresso

Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, a facção criminosa, Primeiro Comando da Capital (PCC) se infiltrou no Congresso Nacional por meio de uma ONG, para com isso poder influenciar a CPI do Sistema Carcerário e obter o abrandamento do Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

É o que mostra a investigação feita pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual.

O lobby patrocinado pela organização criminosa tinha em suas mãos um caixa de R$ 2,4 milhões para bancar viagens, estadas, depoimentos e contatos com parlamentares.

A Gaeco descobriu que foram feitos pagamentos de até R$ 100 mil para "trabalho realizado junto a uma das CPIs que interessam à facção".

O dinheiro vinha da chamada "Sintonia dos Gravatas", como é conhecido na facção o departamento jurídico do PCC, que emprega cerca de 20 advogados com atuação em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pernambuco.

A conclusão da investigação feita Gaeco mostra que a Sintonia dos Gravatas "trabalha para infiltrar o PCC em setores organizados da sociedade brasileira" e "busca infiltrar-se nos Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo".

As investigações da Operação Prima Donna, ocorrida em 25 de julho, descobriram que eram freqüentes as ações para "aproximar integrantes da organização de parlamentares. O propósito era interferir na elaboração de lei e de políticas públicas visando a afrouxar as punições a membros da cúpula da organização".

A idéia da facção era acabar com o regime utilizado pelo governo de São Paulo na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde estão os principais líderes do grupo, entre eles Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

A função do lobby da organização seria tentava influenciar os deputados para abrandar o regime.


Aglécio Dias

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