A terra também tem sede
O
solo desesperadamente clama por água, seu cheiro já não é de terra, nem de
vida... é de morte. Nos olhos do criador não se vê esperança, vê-se apenas
desolação, medo... dor.
É
a seca que chegou, castigando o sertanejo, que sem poder fazer nada reza e pede
um pouco de clemencia ao Criador.
Talves
a culpa não seja do Criador, talvez seja do próprio homem, que durante décadas vem
sugando a vida da terra como um parasita, sem nunca ter oferecido algo em
troca, talvez pensando que a dívida jamais seria cobrada.
O
criador reclama, mas esquece que o solo, sofrido e explorado exaustivamente por
gerações, já não tem muito a oferecer e agonizantemente morre, e leva consigo a
vida de dezenas de outras vidas.
Texto
e fotos: Aglécio Dias
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