Texto: Aglécio Dias
Com a iniciativa, milhares de nordestinos podem ter
mais uma alternativa para amenizar as perdas causadas pela seca. O lançamento
de mais um Plano ajuda, mas não significa uma solução definitiva para o
problema crônico do Nordeste
Fundação Maurício Grabois
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Nesta
segunda feira (03) a presidente Dilma Roussef informou, em um evento em Natal,
que o Governo Federal lançará, nos próximos meses um Plano Safra do Semiárido.
O plano, segundo a presidente, é importante para que, em caso de haver seca, os
cidadãos não percam a subsistência e para que não seja necessário importar
milho do Sul do País e de Países vizinhos, como Argentina e Uruguai, para
alimentar, principalmente, os animais do Nordeste. "O Brasil tem Plano Safra da agricultura comercial
e Plano Safra familiar. Agora, vamos regionalizar o Plano Safra só para o
Semiárido Nordestino", comentou.
Dilma
acrescentou que seu governo fará a estrutura e dará “assistência em dinheiro”
com o intuito de amenizar as dificuldades causadas pela seca. Disse ainda que
as dívidas serão equacionadas no Plano Safra que será lançado. “Não exitaremos
em gastar dinheiro federal”, disse a presidente. Ela, porém afirmou que para
que o projeto dê o resultado esperado é necessário se criar parcerias. "Busco parcerias, a mais republicana possível.
Não olho partido, time de futebol ou religião", declarou.
Blog Educação do Semiárido
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A
ideia de se criar novos ‘Planos’ para ajudar a população que mais sofre com períodos
de longa estiagem é muito importante e necessário, mas também é importante e
necessário que se busque realizar ações mais aprofundadas e duradouras para que
a população do Nordeste não fique a mercê de planos de ajuda Federal sempre que houver seca.
Seminários,
cursos e palestras sobre plantação e desmatamento sustentável, açudes,
represas, poços artesianos e criação de alternativas de emprego e renda, são
soluções mais concretas na avaliação de especialistas e de muitos que vivem, de
fato, a seca da região Nordeste do País e que tem consciência de que a questão
da seca vai muito além de dar dinheiro ao povo. É uma questão cultural que deve
ser adaptada a uma nova realidade.
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