terça-feira, 4 de junho de 2013

Plano Safra do Semiárido, mais um paliativo para o problema crônico Nordestino


Texto: Aglécio Dias

Com a iniciativa, milhares de nordestinos podem ter mais uma alternativa para amenizar as perdas causadas pela seca. O lançamento de mais um Plano ajuda, mas não significa uma solução definitiva para o problema crônico do Nordeste


                                                Fundação Maurício Grabois 

Nesta segunda feira (03) a presidente Dilma Roussef informou, em um evento em Natal, que o Governo Federal lançará, nos próximos meses um Plano Safra do Semiárido. O plano, segundo a presidente, é importante para que, em caso de haver seca, os cidadãos não percam a subsistência e para que não seja necessário importar milho do Sul do País e de Países vizinhos, como Argentina e Uruguai, para alimentar, principalmente, os animais do Nordeste. "O Brasil tem Plano Safra da agricultura comercial e Plano Safra familiar. Agora, vamos regionalizar o Plano Safra só para o Semiárido Nordestino", comentou.


Dilma acrescentou que seu governo fará a estrutura e dará “assistência em dinheiro” com o intuito de amenizar as dificuldades causadas pela seca. Disse ainda que as dívidas serão equacionadas no Plano Safra que será lançado. “Não exitaremos em gastar dinheiro federal”, disse a presidente. Ela, porém afirmou que para que o projeto dê o resultado esperado é necessário se criar parcerias. "Busco parcerias, a mais republicana possível. Não olho partido, time de futebol ou religião", declarou.

              Blog Educação do Semiárido
A ideia de se criar novos ‘Planos’ para ajudar a população que mais sofre com períodos de longa estiagem é muito importante e necessário, mas também é importante e necessário que se busque realizar ações mais aprofundadas e duradouras para que a população do Nordeste não fique a mercê de planos de ajuda Federal sempre que houver seca.


Seminários, cursos e palestras sobre plantação e desmatamento sustentável, açudes, represas, poços artesianos e criação de alternativas de emprego e renda, são soluções mais concretas na avaliação de especialistas e de muitos que vivem, de fato, a seca da região Nordeste do País e que tem consciência de que a questão da seca vai muito além de dar dinheiro ao povo. É uma questão cultural que deve ser adaptada a uma nova realidade.


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