‘Pactos’
de Dilma surtiu efeito, calar a população e diminuir as manifestações. Se sairá
do papel ainda é uma incógnita
Após
ver, nas últimas semanas, as manifestação (com ou sem motivos claros e
objetivos) de milhares de pessoas pelas ruas do País, a presidente Dilma saiu
em rede nacional na última sexta-feira (21) para dar uma resposta à sociedade e
tentar acalmar os ânimos da população.
Em
seu
discurso, transmitido em rede nacional, a presidente
disse está ‘ouvido a voz
das ruas’. Na ocasião disse apoiar os protestos populares e que é preciso
“aproveitar o vigor das manifestações para realizar as mudanças que a juventude
deseja”.
Ela garantiu que iria procurar
representantes de todos os poderes para, juntos, criarem um “grande pacto” para
melhorar os transportes públicos.
Ontem
(24), ao discursar na abertura da reunião com governadores
e prefeitos, a presidente se mostrou antenada com as ruas. “As ruas estão nos
dizendo que o país quer serviços públicos de qualidade, quer mecanismos mais
eficientes de combate à corrupção, quer uma representação política permeável à
sociedade…”
Diante
da situação Dilma apresentou cincos pactos para, segundo ela, atender os “pedidos
do asfalto”. São eles: responsabilidade fiscal e controle da inflação; reforma
política; saúde; transporte público e educação.
Nas
propostas apresentadas, nada de novo, apenas temas que já vinham sendo
discutidos há muito tempo e que só agora, como num passe de mágica, ressurgiram
como a solução milagrosa para fazer as mudanças que o país necessita e as ruas
pedem.
Diante
dessas iniciativas por parte dos governos fico intrigado com uma coisa: Por que
será que, só após pessoas irem às ruas, fazer toda essa ‘bagunça’, que
repercutiu no mundo inteiro, é que se decidiu trazer para mesa de discussões os
mesmos temas de sempre, e que nunca são levados até o fim?
Até
parece que eles (governos) mantém em uma gaveta uma espécie de ‘projeto cala
boca do povo’, que são sempre usados em casos como esse. Se a ideia era essa (silenciar
o povo), aparentemente deu resultado, pelo menos por enquanto.
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