sábado, 25 de maio de 2013

Justiça da Ilha de Jersey devolve 1,45 mi de libras de empresas de maluf para Prefeitura de SP


O deputado federal (PP-SP) Paulo Maluf  sempre negou possuir qualquer valor financeiro em contas no exterior, em muitos momentos chegou a desafiar repórteres a vasculhar suas contas, dizendo que, se achasse algum valor fora do país, podiam ficar com ele.

A Corte da Ilha de Jersey repassou 1,45 milhão de libras (cerca de R$ 4,5 milhões) de empresas offshores ligadas à família do deputado Paulo Maluf (PP-SP) para os cofres do município de São Paulo. A liberação ocorreu nesta sexta feira, 24, para uma conta dos advogados da Prefeitura, em Londres. Na próxima terça feira - segunda é feriado na capital inglesa - os advogados vão providenciar a transferência do valor diretamente para o Tesouro paulistano.

A quantia faz parte do montante global de US$ 28,3 milhões - cifra atualizada com juros e correções, além de multas - que a Corte de Jersey mandou as empresas Kildare e Durant, controladas pelos Maluf, devolverem até junho aos cofres públicos municipais. O dinheiro das offshores está bloqueado em uma instituição financeira e será todo transferido para São Paulo.

Maluf foi condenado em Jersey por "fraude em ampla escala" - segundo o Ministério Público paulista, quando exercia o cargo de prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996, Maluf desviou dinheiro de grandes obras viárias, como a Avenida Águas Espraiadas.

A Justiça de Jersey concluiu que Maluf sabia que o dinheiro depositado nas contas de fundos em nome das empresas era de origem fraudulenta e que ele e seu filho Flávio enriqueceram ilicitamente. Para a Justiça de Jersey, Maluf foi "o fraudador e também o arquiteto e principal beneficiário das estruturas que receberam e mantiveram os fundos".

Maluf sempre afirmou que nunca possuiu ativos no exterior. Ele nega ter desviado recursos públicos de obras em sua gestão.


Fonte: Estadão


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