O deputado federal
(PP-SP) Paulo Maluf sempre negou possuir
qualquer valor financeiro em contas no exterior, em muitos momentos chegou a desafiar
repórteres a vasculhar suas contas, dizendo que, se achasse algum valor fora do
país, podiam ficar com ele.
A Corte da Ilha de
Jersey repassou 1,45 milhão de libras (cerca de R$ 4,5 milhões) de empresas
offshores ligadas à família do deputado Paulo Maluf (PP-SP) para os cofres do
município de São Paulo. A liberação ocorreu nesta sexta feira, 24, para uma
conta dos advogados da Prefeitura, em Londres. Na próxima terça feira - segunda
é feriado na capital inglesa - os advogados vão providenciar a transferência do
valor diretamente para o Tesouro paulistano.
A quantia faz parte
do montante global de US$ 28,3 milhões - cifra atualizada com juros e
correções, além de multas - que a Corte de Jersey mandou as empresas Kildare e
Durant, controladas pelos Maluf, devolverem até junho aos cofres públicos
municipais. O dinheiro das offshores está bloqueado em uma instituição
financeira e será todo transferido para São Paulo.
Maluf foi condenado
em Jersey por "fraude em ampla escala" - segundo o Ministério Público
paulista, quando exercia o cargo de prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996,
Maluf desviou dinheiro de grandes obras viárias, como a Avenida Águas
Espraiadas.
A Justiça de Jersey
concluiu que Maluf sabia que o dinheiro depositado nas contas de fundos em nome
das empresas era de origem fraudulenta e que ele e seu filho Flávio
enriqueceram ilicitamente. Para a Justiça de Jersey, Maluf foi "o
fraudador e também o arquiteto e principal beneficiário das estruturas que
receberam e mantiveram os fundos".
Maluf sempre
afirmou que nunca possuiu ativos no exterior. Ele nega ter desviado recursos
públicos de obras em sua gestão.
Fonte: Estadão
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